CDI-SC amplia inclusão digital na Capital
Florianópolis ganhou em junho mais uma unidade de ensino de informática e cidadania do Comitê para Democratização da Informática em Santa Catarina (CDI-SC). No dia 22 foi inaugurada o vigésimo CDI Comunidade, no bairro Jardim Atlântico, na capital catarinense. No local, os moradores poderão ser beneficiados com uma estrutura composta por coordenador, educadores e educandos, que realizam cursos, serviços de informática, encontros e reuniões com a comunidade, entre outras atividades. O intuito dos CDIs Comunidade, implantados em todo o País, é o de utilizar a tecnologia como ferramenta para combater a pobreza e a desigualdade, estimular o empreendedorismo e criar novas gerações de empreendedores. Nestas escolas, os integrantes da comunidade tem aulas de iniciação à informática, uso de sistemas operacionais, editores de texto e de planilhas, programas gráficos, pesquisa na Internet, além de noções de cidadania. Criado no ano em que a internet chegava ao Brasil – 1995 -, o CDI tornou-se pioneiro no movimento de inclusão digital na América Latina e um dos principais empreendimentos sociais no mundo, por meio de sua organização não governamental (ONG). Em Santa Catarina, O CDI foi criado em 2001 tendo sua primeira unidade de ensino instalada em 2002. Atualmente, mantém sua sede administrativa e pedagógica nas instalações da Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações de Santa Catarina (SUCESU-SC), um dos parceiros da entidade no Estado. No total, são 20 centros – 19 na capital catarinense e um na cidade de Tubarão, no sul do Estado. 4 mil jovens, adultos e idosos já foram capacitados neste período em Santa Catarina. Acreditamos em um mundo onde todas as pessoas possam participar ativamente da nova sociedade do conhecimento, na condição de cidadãos autônomos, críticos e empreendedores. Temos no CDI uma abordagem socioeducativa diferenciada e um modelo único de gestão, visando à sustentabilidade do projeto. Otávio Ferrari Filho, presidente do CDI-SC Ao longo dos seus 13 anos de atuação, o CDI já capacitou mais de um milhão de pessoas e possui hoje 1402 educadores em 753 CDI Comunidades, que são as escolas de informática e cidadania. A ONG está presente em 18 Estados brasileiros e nove países. Para implantar um novo CDI Comunidade, os interessados devem encaminhar uma solicitação por e-mail ou para a sede do CDI-SC, na Av. Rio Branco, 404 – Torre 2 – Sala 105. CEP: 88015-201. No site do CDI-SC tem mais detalhes para quem quiser participar como voluntário da...
Leia MaisCartórios compram 60% de catarinense
Quais são as primeiras três palavras que lhe vem a cabeça quando precisa procurar um cartório? Para mim: papel, burocracia e fila. Com todo o avanço tecnológico encontrado em diversos segmentos, inclusive governos, instituições do Judiciário, dentre outras, os cartórios pareciam ainda não terem adentrado nesta nova era. Pois agora três instituições que atuam no sistema cartorário brasileiro nos dão uma resposta, dentro de uma estratégia de consolidar sua atuação na nova economia digital. E esta iniciativa passa por um projeto e uma empresa de tecnologia catarinense. 60% do capital acionário da Bry Certificação Digital, empresa desenvolvedora de soluções para segurança da informação, foi adquirido pelo Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (ARPEN-SP) e Centro de Estudos e Distribuição de Títulos e Documentos (CDT). Cada instituição detém atualmente 20% da empresa. A presidência do Conselho está a cargo de Helvécio Castello, presidente do IRIB. Marcelo Brocardo, antes diretor técnico e diretor superintendente, passou a responder pela presidência da empresa, cargo que ocupa desde o início do ano. A transação, consolidada durante o ano de 2008, é reflexo da modernização do sistema nacional cartorário e pelo período de transição que os documentos legais vêm passando. Há uma quebra de paradigma em curso em que os cartórios estão passando do papel para o digital – o que se configura num caminho sem volta. Marcelo Luiz Brocardo, presidente da Bry Certificação Digital O processo de aquisição da empresa iniciou-se em abril de 2008 com a venda de 38% do capital acionário para o IRIB. Este percentual pertencia ao Fundo REIF – Returning Entrepreneur Investment Fund -, administrado pela DGF Investimentos e que tem como cotistas o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID), Banco Sudameris, Sebrae Nacional e o Sebrae-SP. Em setembro, a operação foi completada com a aquisição de mais 22% da empresa, tendo como novos sócios a ARPEN-SP e o CDT. O valor total da transação, com 60% da empresa sendo vendido, não foi revelado. Antes mesmo da operação, a Bry já tinha sido responsável por importantes projetos que os cartórios estão lançando para o mercado. A empresa desenvolveu centrais de serviços eletrônicos compartilhados para os registradores e notários. São a Central Registral de Serviços Eletrônicos Compartilhados (CRSEC), a Autoridade de Carimbo do Tempo Brasileira de Registro (ACT-BR) e a Autoridade de Carimbo do Tempo Notarial (ACT-Notarial). Os serviços oferecidos por meio destes portais possibilita que os cartórios entrem, definitivamente, na era digital, no uso de documentos eletrônicos com validade jurídica. A adoção destas tecnologias foi motivada também pela lei 11.419 de autoria do Governo Federal, que recomenda aos órgãos da Justiça e serventias extra-judiciais, como os cartórios, a regulamentarem e efetivarem o uso de formas eletrônicas de assinaturas. A rede de relacionamento e cooperação que a BRy Tecnologia integra no Polo Tecnológico de Florianópolis foi outro aspecto que despertou o interesse do grupo de entidades ligadas aos cartórios. A empresa mantém convênios de cooperação tecnológica com o Laboratório de Segurança em Computação (LabSEC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com o Laboratório de Tecnologias de Gestão (LabGes), da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Além disso, desenvolve parcerias com organismos públicos e diversas empresas locais, como a Softplan/Poligraph. Histórico da BRy Fundada em 2001 e sediada...
Leia MaisFlorianópolis: Ilha do Silício?
por Rui Luiz Gonçalves Florianópolis tem um dos principais polos tecnológicos do país, desenvolvido pelo esforço de diversos atores – empreendedores, centros de ensino e pesquisa, incubadoras e instituições empresariais e governamentais. Tal cenário fez inúmeras vezes a mídia e autoridades a citarem a capital catarinense como a Ilha do Silício, em alusão ao mais conhecido polo tecnológico do mundo – o Vale do Silício, no estado americano da Califórnia. Tive a oportunidade de integrar no início do mês uma missão técnica brasileira aos Estados Unidos, que participou do IASP – World Conference on Science and Technology. Além do evento, o grupo visitou entre outras instituições, o Research Triangle Park, a Stanford University, além de multinacionais do setor de TI como Google e Microsoft. Dá para comparar o desenvolvimento tecnológico que encontramos na bela Ilha de Santa Catarina com o do Vale do Silício? Num primeiro momento, fica claro que temos muito a evoluir, para iniciar uma comparação. Chega-se a conclusão de que não é somente a tecnologia o grande fator alavancador de empresas nos Estados Unidos, mas sim todo cenário de negócios e investimentos encontrado. A mentalidade de se criar empresas com potencial global desde a sua gestação faz a diferença. O ambiente propício para o capital de risco e um grande apoio dos governos municipais e estaduais contribuem neste cenário. As empresas do Vale do Silício são responsáveis por toda uma cadeia de desenvolvimento da região, que vai muito além da tecnologia. Há diversos negócios em torno daquele ambiente que fazem o desenvolvimento da região prosperar, como a negociação imobiliária e o próprio turismo tecnológico. A qualidade de vida nas regiões em torno dos parques tecnológicos visitados é de elevado nível. Precisamos reproduzir isso em Florianópolis e em outras cidades do Estado, que possuem também o turismo como economia propulsora, por conta de nossas belezas naturais, clima atrativo, entre outros fatores. Situação semelhante pode viver Florianópolis se houver grandes investimentos para o crescimento do setor, alavancando outras economias como a construção civil e o turismo. Além disso, é preciso cada vez mais fortalecer no Estado as Universidades como celeiro de mão-de-obra qualificada e de ponta para o setor. Precisamos tornar a ilha num centro de captação de recursos humanos de toda a América Latina, principalmente de engenheiros e profissionais de computação. No cenário brasileiro, é preciso mudar também o paradigma no que diz respeito ao relacionamento entre universidade e empresa, pesquisador e empresário. Estas duas instituições precisam estar cada vez mais próximas. Mestres, doutores precisam participar e estarem ativos dentro de empresas, contribuir na inovação dos negócios, na criação de patentes de tecnologias. As universidades precisam integrar joint ventures e serem incentivadas a participar do negócio da tecnologia. Santa Catarina e o Brasil precisam acompanhar e de fato se posicionarem como players no mercado mundial da tecnologia. Temos que abrir caminho para que conheçam o que aqui desenvolvemos. Com as empresas começando a serem criadas pensando globalmente, o polo tecnológico catarinense passará a seduzir investidores do mundo inteiro. ? preciso despertar o interesse deles para conhecerem nossos negócios e o Estado estar preparado para estar e se manter atrativo. Ainda no quesito capital de risco, alguns números deixam claro o cenário de negócios nos Estados Unidos. O investimento médio de venture capital em empresas americanas, startups, é...
Leia MaisTI aposta nas micro e pequenas em 2009
Crise? Bom, aparentemente a temida instabilidade dos mercados mundiais ocorre no setor que não contempla bits e bytes. Durante a Expogestão 2009, um dos principais congressos de gestão empresarial no Brasil, realizado em Joinville (SC), entre 16 a 19 de junho, o setor de tecnologia mostrou que há muita munição para gastar na guerra por mercados nacionais e mundiais. Empresas como SAP, TOTVS e Digitro, apostam em investimentos e novos produtos para passar com folga o período de crise que atinge os principais mercados ao redor do mundo, mas que chegou com menor intensidade internamente. Maior empresa desenvolvedora de software da América Latina e a nona companhia mundial, a TOTVS quer alcançar o sétimo lugar ainda em 2009, isso se não adquirirem novas empresas antes do final do ano. Ano passado, a empresa se fundiu com a catarinense Datasul. O atual foco está nas micro e pequenas, que hoje representam somente 1% do faturamento da companhia. A meta é de que em três anos essa carteira atinja 8% do faturamento total. O diferencial está em manter um leque de serviços e produtos que atendam as pequenas e as grandes empresas. Edson Monteiro, diretor comercial da TOTVS A Expogestão mostra o verdadeiro potencial de mercado no setor de tecnologia. Esta é, pelo menos, a visão da Pelissari Gestão e Tecnologia, líder no mercado de serviços e soluções em sistemas de gestão empresarial no Sul do Brasil da SAP. A expectativa de crescimento da Pelissari é de 20% a 30% em 2009, com previsão de abertura de uma filial no Chile. Somente nos três primeiros dias de feira, 22 empresas nos procuraram para conhecer as soluções em BI e ERP da SAP. A crise é uma oportunidade para a SAP. Nosso diferencial é a escalabilidade e sustentabilidade para os sistemas de gestão. Temos soluções para todos os tamanhos de empresas. Edemilson Silva, diretor comercial da Pelissari Empresas menores, mas com mesmo posicionamento comercial seguem alavancando mercados. A Dígitro Tecnologia, especialista em soluções de inteligência, tecnologia da informação e telecomunicações também sinalizou o envolvimento em nichos de mercado para garantir sua expansão. A empresa apresentou soluções de redes corporativas, call centers e recursos de gerenciamento e supervisão dos ambientes de TI. Entre os destaques das soluções de comunicação através de VoIP, a Dígitro apresenta o Telefone IP e o ATA, terminais IP que são conectados à rede de dados, que possibilitam comunicação a custos otimizados e gerenciamento simplificado. Este conjunto de soluções fornece uma base para que as estratégias de gestão possam apoiar-se na infraestrutura de tecnologia, suportando aplicações com grande demanda de conectividade, como soluções de ERP, CRM e BI. A inteligência das redes convergentes associada a serviços de comunicação realmente flexíveis é um dos principais requisitos para a moderna gestão dos negócios. José Emanoel Sampaio, gerente da Dígitro em Santa Catarina Games em busca de espaço E de jogo em jogo, ou joystick a joystick, outra empresa que aos poucos conquista o mercado de games é a catarinense Céu Games. Mas, quem pensa que os jovens empresários da empresa vivem brincando, se enganam. A empresa apresentou uma nova proposta ao mercado corporativo: games como forma de ensino (Edutainment e Business Games) e publicidade (Advergames) para as empresas, o qual chamamos de Games Culturais, ou seja, conhecimento agregado aos games e...
Leia MaisFlorianópolis ganha plano de ações públicas para Ciência e Tecnologia
Na tarde desta sexta-feira, 26 de junho, a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável (SMCTDES) e o Instituto de Geração de Oportunidades (IGEOF) apresentaram seus planos de ação para os próximos dois anos. A apresentação faz parte da nova política de gestão municipal, onde cada Secretaria irá assumir compromissos e definir metas que serão avaliadas periodicamente. Na solenidade, realizada na sede da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), o secretário municipal de ciência e tecnologia, Carlos Roberto De Rolt, o secretário adjunto Alcides Andrade e o superintendente do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (IGEOF), Guilherme Pereira, assinaram o termo de compromisso de gestão, com o testemunho do prefeito Dário Berger, de empresários do setor e representantes de entidades empresariais. Florianópolis possui dois eixos nítidos de desenvolvimento: o turismo e a tecnologia. O turismo é um dos principais geradores de emprego e renda no município e a tecnologia despontou há alguns anos como o principal PIB de Florianópolis. A tecnologia é uma atividade que parece invisível, mas é muito produtiva, além de ser baseada no conhecimento e na inovação. Com esse compromisso de gestão, a administração quer ser parceira e animadora desses setores para que eles possam se desenvolver como mais uma alavanca de sustentação da economia de Florianópolis. Dário Elias Berger, prefeito municipal de Florianópolis De acordo com o plano proposto pelo órgão municipal, a Secretaria de Ciência e Tecnologia atuará basicamente em três eixos principais: Talentos, Tecnologia e Redes. A prefeitura quer contribuir por meio de políticas públicas na atração, geração e capacitação de talentos para o setor tecnológico da Capital, considerado pelos empresários um dos principais entraves para um maior crescimento. Neste eixo estratégico Talentos, a Prefeitura pretende também investir em programas de inclusão digital, organizando e incentivando as iniciativas já existentes. Estimular a criação e o fortalecimento dos ambientes de inovação e dos grupos de conhecimento no município são alguns dos objetivos do eixo Tecnologia. Por fim, em Redes, a Secretaria pretende desenvolver e articular uma rede de relacionamento com instituições públicas, privadas e acadêmicas para poder dividir ações e ser a fomentadora de iniciativas que resultem no desenvolvimento econômico e sustentável do município. Queremos posicionar Florianópolis como a Capital da Inovação. A criação desse slogan tem como objetivo a união de esforços para alcançar essa meta. A Prefeitura Municipal precisava participar de alguma forma do crescimento deste setor e a criação desta secretaria atende este objetivo. Carlos Roberto De Rolt, secretário municipal de Ciência e Tecnologia Para a ACATE, a criação desta pasta para gerir o desenvolvimento econômico do município é um avanço importante. Esta secretaria representa a construção de uma grande aliança comprometida com o futuro de Florianópolis e do Brasil. Além de apoiar o crescimento do setor de tecnologia, que é um dos principais geradores de riquezas para o município, essa iniciativa vai contribuir para disseminar o conceito de inovação nos outros setores econômicos, como o turismo. Inovar não é apenas desenvolver softwares, mas é também criar novas formar de receber um turista em nossos hotéis. Rui Luiz Gonçalves, presidente da ACATE A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico Sustentável aproveitou o evento para lançar também seu portal, dentro do site da Prefeitura Municipal de Florianópolis. Lá, disponibilizou também um PDF com o plano de ações...
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