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Startup: documentos importantes para negociação com investidores
mar10

Startup: documentos importantes para negociação com investidores

  Por João Paulo de Melo Filippin*   No artigo anterior, enfatizei de que forma as startups podem negociar com investidores. Havendo interesse do investidor em aprofundar conversa sobre possível aporte de capital, o ideal é que a startup apresente um Acordo de Confidencialidade (Non Disclouser Agreement-NDA) prevendo o dever de sigilo, e a forma com que as partes repassarão informações uma a outra nesta fase de conhecimento e negociação.   Até para que o investidor possa tomar conhecimento da realidade da startup, é provável que  exija que lhe sejam demonstrados elementos de natureza técnica, financeira ou comercial, relacionada a know how, produtos e processos, entre outras informações, inerentes à atividade empresarial da startup.   Vencida essa etapa inicial, as partes podem celebrar uma Carta de Intenções ou Memorando de Entendimento (Term sheet ou MOU), documento este em que deverão ser descritas todas as condições do futuro investimento. Quando mais completo este documento, menor a probabilidade de haver desistência do negócio ou divergência entre as partes a respeito do que foi acordado anteriormente.   Interessante constar da Carta de Intenções as seguintes informações: Identificação das partes que efetivamente irão assinar os contratos definitivos;   Objeto da transação: consignar se será investimento direto ou indireto, e o valor da empresa, estimado entre as partes ou identificado por auditoria;   Investimento: especificar o valor do investimento e as condições de desembolso;   Gestão: deixar registrada a possível modificação na gestão da empresa, com participação ou não do investidor ou de terceiro por este indicado, entre outras questões que dizem respeito à gestão administrativa e financeira da empresa;   Direito dos sócios/acionistas: explicitar os direitos de preferência na cessão de quotas, a necessidade de constituição de conselhos de administração e quais os assuntos com quóruns qualificados para deliberação dos sócios, entre outros temas;   Exclusividade e não vinculação: cláusula importante para vincular (ou não) como obrigatória a conclusão das propostas descritas na Carta de Intenções, não permitindo que as partes desistam de concluir a operação de investimento. Em ato contínuo à assinatura da Carta de Intenções, é natural que se proceda uma Auditoria (Due Diligence) na startup, para verificar a sua regularidade contábil, fiscal, trabalhista e de propriedade intelectual, entre outros aspectos que poderão ser objeto de análise pelo investidor.   Estando tudo acertado e não havendo qualquer fato que prejudique a conclusão do negócio, parte-se para a assinatura dos contratos definitivos que poderão ser a alteração do contrato social e o acordo de quotista, em caso de investimento direto.   Já no caso de investimento indireto, sem que o investidor faça parte do quadro societário da startup, as partes passam à assinatura de contrato de notas conversíveis, de contrato de empréstimo ou de sociedade em conta de participação, dependendo do modo com que será operado o desembolso e as eventuais garantias envolvidas.   Independente de qual modalidade de investimento (direto ou indireto) a ser adotado, mostra-se de extrema relevância que aqueles pontos tratados na Carta de Intenções sejam repetidos para um contrato final, o Contrato de Investimento (Investment Agreement). Neste documento de importância crucial irá constar, em definitivo, todas as condições do negócio e as obrigações e os direito assumidos tanto pela startup quanto pelo investidor.   E é justamente neste documento que há de se ter atenção redobrada para evitar assumir condições desfavoráveis que implique num desequilíbrio contratual, e o sonho da união com investidor se torne um pesadelo e com sérios obstáculos jurídicos para sair.   Para finalizar:...

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No Dia da Mulher, coletivo Anitas destaca o poder feminino na TI
mar09

No Dia da Mulher, coletivo Anitas destaca o poder feminino na TI

  Seriam as mulheres realmente coadjuvantes no universo de tecnologia e inovação? O que dizer então do papel de Jean Jennings, Frances Spence, Ruth Teitelbaum, Marlyn Meltzer, Adele Goldstine, Betty Holberton, as seis programadoras originais do ENIAC, o primeiro computador digital eletrônico da história? Ou de Ada Lovelace, a ?mãe?? da computação, que criou em 1843 o primeiro algoritmo para ser lido por uma máquina? Estas pioneiras foram devidamente reverenciadas na última terça-feira, Dia Internacional da Mulher, durante o 3o. encontro do Coletivo Anitas – grupo de mulheres engajadas no empoderamento feminino na área de tecnologia e empreendedorismo – no Centro de Inovação ACATE Primavera.   Diante de cerca de 150 pessoas, diversas mulheres – empreendedoras, profissionais do setor de TI, educadoras – contaram um pouco de suas histórias e experiências para incentivar as participantes a serem também protagonistas em um setor que demanda muito de características femininas. Como a resiliência, aponta a advogada especializada em consultoria jurídica em TI Letícia Batistela, que também é presidente da Associação das Empresas de Serviço de Processamento de Dados (Assespro) do Rio Grande do Sul e que foi uma das convidadas do debate:  ?eu não gostava do Dia da Mulher, mas hoje eu celebro. As mulheres não podem perder sua singularidade??.   Singularidade esta que reforça o dado de uma pesquisa da consultoria McKinsey, que afirma que empresas com maior diversidade de gêneros têm uma rentabilidade em média 15% superior a outras. Este foi um dos dados apresentados pela jornalista Emília Chagas, que tornou-se empreendedora ao fundar a Contentools e ingressar no universo ainda majoritariamente masculino das startups. ?As mulheres ainda são vistas dentro do estereótipo de não gostar de tecnologia, mas lideram a utilização de diversas aplicações mobile, Skype e mensagem??, opina, citando dados de pesquisa da Intel.   A diretora de Direitos Humanos do governo de Santa Catarina, Maria Elisa da Silveira de Caro, mostrou que há um certo equilíbrio no estado com relação ao mercado de trabalho: 44,12% das vagas são ocupadas por mulheres, sendo que elas estão mais presentes no setor de serviços (32% do total) do que no comércio (20%), outrora um setor considerado muito mais feminino. Para ela, isso mostra um novo perfil da mulher trabalhadora. ?O nível de envolvimento das mulheres no empreendedorismo brasileiro me parece muito maior do que na Europa??, aponta Florentine Versteeg, empreendedora social nascida na Holanda e que hoje é uma das responsáveis pelo Manifesto 55, destinado a educação protagonista. Para a presidente da Assespro/RS, as mulheres não precisam competir para fazer o mesmo que os homens fazem no setor de tecnologia, mas sim aquilo que não fazem – e há espaço para isso. ?O discurso de falta de oportunidades cheira a mofo. Cabe a nós escolhermos as oportunidades??....

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Startup: como negociar com investidores
mar03

Startup: como negociar com investidores

  Por João Paulo de Melo Filippin*   Segundo a Forbes Brasil, apesar da situação macroeconômica do país não ter sido favorável em 2015, a indústria de tecnologia teve crescimento no ano passado, inclusive no que diz respeito a interesse de investidores em aportar valores em startups. E é a respeito desse momento especial no crescimento de uma startup, da sua união com um investidor, que pretendo abordar nesse artigo, sem ambições de esgotar o assunto.   Apesar de cada negociação ter as suas particularidades, em linhas gerais o caminho de enlace do investidor com a startup tem um roteiro padrão, a começar pelo conhecimento de quem seja a pessoa física ou jurídica interessada a investir no negócio.   Do investidor. Segundo nomenclatura adotada informalmente pelo mercado, os principais tipos de investidores de capital de risco são os seguintes:   – Angel Capital: investidor anjo (pessoa física) com investimentos não vultosos e, em regra, para empresas em estágio inicial. – Seed capital: uma camada acima do investidor anjo e que resulta em investimentos maiores, que criam base para o crescimento de empresa com produto já definido e até mesmo com cliente. – Venture capital: Fundo que faz aporte para bancar uma alavancagem da empresa investida para operações mais estruturadas, em empresas com faturamento materializado, e visando, muitas vezes, operações futuras de fusão, venda ou mesmo abertura de capital. – Private equity: são fundos responsáveis por operações de grandes empresas, com faturamento que pode ultrapassar a centena de milhões ao ano.   Da forma de investimento. O aporte de valores pode se dar mediante investimento direto ou indireto, sendo que as consequências jurídicas, de um ou outro, são bem distintas.   Na forma direta, o investidor injeta capital na empresa e ingressa no seu quadro societário. Ou seja, passa a compor o quadro de sócios da startup, na condição de titular de quotas ou ações no percentual que foi negociado. Nesta modalidade é muito comum que o investidor (mesmo o anjo, pessoa física) se utilize de uma empresa (?sociedade veículo??) para ingressar no capital social da startup. Com isso, o investidor instituiu uma blindagem para si contra eventuais infortúnios que ultrapassam o insucesso comercial da startup e transbordem para responsabilização dos sócios por dívidas trabalhistas ou fiscais, por exemplo.   Já na forma indireta, o investidor se mantém fora do quadro societário da Startup, ainda que seja por um período determinado, tal como acontece na modalidade de contrato de dívida conversível. Nesse modelo, o valor aportado pelo investidor será convertido em quotas sociais quando (e se) ocorrer determinado evento previsto em contrato (ex.: ingresso de novo investimento, ou transformação da empresa de Ltda em S/A). Outra forma de investimento indireto é o empréstimo simples com a opção de compra de quotas. Nessa situação, o investidor poderá, a seu critério e sob determinadas circunstâncias, optar por receber quotas ao invés da devolução do seu capital em dinheiro.   Há que se considerar também a possibilidade de realizar parcerias empresariais para explorar negócio específico dentro da atividade da própria startup, através da constituição de uma sociedade em conta de participação (SCP) com o investidor. Nesse caso, investidor e o fundador da startup não serão sócios formais, com contrato averbado na Junta Comercial, mas atuarão em conjunto para empreender uma atividade específica. Exemplo: imaginemos que uma startup, vinculada a um investidor mediante celebração de uma SCP, desenvolva um produto (aplicativo de logística) para ser explorado...

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Joinville recebe a primeira edição do Startup Weekend
fev26

Joinville recebe a primeira edição do Startup Weekend

Compartilhar ideias, formar equipes e criar novas startups em 54 horas. Estes são os objetivos do evento que segue até domingo (28), na ACIJ Pela primeira vez, Joinville recebe o Startup Weekend, uma iniciativa que reúne 120 empreendedores, desenvolvedores, designers e entusiastas para compartilhar ideias, formar equipes e criar novas startups. O evento, que ocorre entre os dias 26 e 28 de fevereiro de 2016, na Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), é promovido pelo programa StartupSC, do Sebrae Santa Catarina. O objetivo é incentivar a criação de negócios digitais que procuram resolver questões cotidianas. Para Tiago Brandes, fundador da startup joinvilense Meus Pedidos e mentor do evento, sediar o Startup Weekend ajuda a posicionar a cidade como um dos grandes polos empreendedores do Brasil. Recentemente, Joinville foi considerada a 9ª melhor cidade do país para quem deseja abrir o próprio negócio em uma pesquisa organizada pela Endeavor. ?Empreender é um desafio constante e o caminho é marcado por incertezas. Queremos passar para os participantes e novos empreendedores, porém, que com muito estudo e determinação isso é possível. A Meus Pedidos é um exemplo disso: de um ano pra cá conseguimos aportes de dois grandes fundos de e contratamos 45 pessoas, triplicando o número de colaboradores?? Tiago Brandes, fundador da startup Meus Pedidos. Piero Contezini, CEO da Asaas – startup que oferece serviços financeiros a pequenas empresas e microempreendedores -, também participa do evento. Ele já atua como mentor de negócios de tecnologia em outras startups de sucesso como GuiaBolso e Motoboy.com e aposta em eventos como esse para destacar ainda mais o potencial da cidade. ?Joinville historicamente é uma cidade empreendedora, no entanto, até hoje o incentivo à criação de empresas de tecnologia ficou centralizado na Capital. Esse evento vai mostrar para a comunidade que existem grandes problemas a serem resolvidos aqui, pessoas capacitadas e um ecossistema pronto para apoiá-las??. Piero Contezini, CEO da Asaas O Startup Weekend representa uma rede global de líderes e empreendedores cuja missão é inspirar, educar e capacitar indivíduos, equipes e comunidades. O evento segue um modelo padrão em todas as cidades onde é realizado. O público irá receber ainda o feedback dos mentores e demais participantes sobre a sua proposta. Ao todo, mais de 8 mil startups foram criadas em eventos realizados em cerca de 100 países. Durante um final de semana, os aspirantes a empreendedores podem descobrir se suas ideias de startups são viáveis. A programação conta com a formação de equipes em torno das melhores ideias, determinadas por votação. Daí em diante, serão 54 horas de criação de modelos de negócios, programação, design e validação de mercado. O fim de semana termina com a apresentação dos projetos com potencial de sucesso e, mais uma vez, os participantes receberão o feedback dos mentores. ?Nossa missão neste fim de semana não se limita a apenas criar startups locais, queremos apoiar principalmente o empreendedorismo em si na nossa cidade. Parte da experiência de aprendizagem no Startup Weekend é apresentar práticas que estimulem o crescimento e a inovação aqui em nossa casa?? Alexandre Souza, gestor do projeto StartupSC/Sebrae e um dos organizadores do evento. Patrocinado mundialmente por empresas como Google e Coca-Cola, a edição de Joinville tem como patrocinadores o Sebrae/SC, a ACIJ, o Inovaparq, a Meus Pedidos, a ContaAzul, a Embraco, o Hiper, agência On the GO e Design...

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Aceleradas do Darwin Starter apresentam inovações a investidores
fev24

Aceleradas do Darwin Starter apresentam inovações a investidores

Seis soluções desenvolvidas, testadas e que já estão no mercado foram apresentadas a investidores e aos mais de 600 participantes da última edição do Meetup StartupSC, realizada no Centro de Inovação ACATE (CIA) Primavera, no dia 18 de fevereiro, em Florianópolis. O encontro, organizado pelo programa StartupSC do Sebrae/SC, trouxe um dos empreendedores mais badalados no cenário nacional de inovação – o fundador do Buscapé e hoje sócio do fundo Redpoint e.Ventures, Romero Rodrigues – e dedicou a segunda parte da programação para um pitch com as seis startups selecionadas pelos mentores da aceleradora Darwin Starter, iniciativa da Cventures que encerrava sua primeira edição naquela noite.   Diante de uma plateia que não arredou o pé após a palestra de Romero, seis empreendedores defenderam os projetos que foram exaustivamente elaborados, repensados, questionados e validados ao longo dos seis meses de duração do programa, que investiu um total de R$ 500 mil em recursos, mentorias e serviços (UX, branding, inbound marketing, conteúdo digital, assessoria de imprensa) para 10 startups catarinenses selecionadas em agosto de 2015. Destas 10, seis passaram pela segunda etapa, que escolhia as empresas que conseguiram ter o melhor aproveitamento geral do programa de aceleração.   Conheça as startups:   Ser a ?Embraer das aeronaves não tripuladas?? é o objetivo declarado da Hórus Aeronaves, segundo o CEO Fabrício Herz. A startup produz drones voltados para o monitoramento de grandes extensões territoriais, gerando fotos georreferenciadas com qualidade oito vezes superior às imagens de satélite. Com clientes na área de agronegócios, topografia e mineração, a Hórus estima fechar 2016 com um faturamento de R$ 2,5 milhões (500% acima do resultado de 2015) e buscou no evento investimento de R$ 2 milhões.   A Meetime, desenvolvedora de um software para inside sales, aposta em uma demanda natural do mercado – a necessidade das empresas gerenciarem as oportunidades comerciais (leads) – para crescer de maneira exponencial. A solução foi criada para melhorar a performance de vendedores de leads internos. A equipe da Meetime conta com seis pessoas (quatro engenheiros e dois cientistas da computação) e seu conteúdo já gerou cerca de 700 leads. Hoje, são 16 clientes pagantes e a expectativa é fechar o ano com 121, passando para 496 em 2017. Para isso, procuram aporte de R$ 450 mil.   A QAMetrik desenvolveu um robô que inspeciona códigos que estejam com falhas ou reduzindo a capacidade de utilização de ERPs. O foco é em ambientes SAP, que dominam o mercado dos Estados Unidos (40% de share) e que está em expansão no Brasil – 3% das empresas utilizam o sistema. O objetivo é otimizar processos das implementadoras, reduzindo custos e evitando perdas. A projeção é de 100 novos clientes utilizem a solução da QAMetrik até o final do ano. O investimento necessário para esta expansão é de R$ 2,5 milhões.   O mercado de venda direta – no qual consultoras trabalham com catálogos de grandes marcas – é o foco da Bem Vendi, que desenvolveu um aplicativo para gestão de estoques, vendas e caixa. No Brasil, são 5 milhões de pessoas que atuam neste segmento, das quais 95% são mulheres. O app da Bem Vendi é freemium (quem assina pode utilizar a solução também como meio de pagamento) e permite também a geração de boletos e o uso offline. Hoje, são...

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