Spin-offs tecnológicos é tema de pesquisa

O pesquisador catarinense Jonas Mendes Constante, formado pela ESAG/UDESC, está desenvolvendo uma pesquisa sobre o processo de comercialização de tecnologia por meio de spin-offs tecnológicos corporativos no Brasil. O estudo faz parte de um Mestrado dele na Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo.

Um spin-off tecnológico é o processo de criação de uma nova empresa, originada muitas vezes da área de pesquisa e desenvolvimento de uma grande corporação. A decisão de criar um braço tecnológico de uma maior se dá por diversos fatores, como a perspectiva de um novo negócio para comercializar tecnologia, da decisão da empresa maior de manter seu core business, repassando para uma menor a tarefa de comercialização do desenvolvimento gerado.

Empresas que realizam atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), com foco em inovação tecnológica e desenvolvimento de novos produtos e processos, lidam frequentemente com a decisão de cancelamento de projetos internos. Geralmente são projetos que não atingiram as metas e prazos de desenvolvimento propostas pela organização ou que simplesmente não geraram resultados de interesse para o atual negócio foco da empresa, sendo negócios para diferentes mercados e segmentos.

Antes de abandonarem esses projetos e assumir o prejuizo de meses ou anos de investimento, executivos precisam conhecer mecanismos capazes de aproveitar o valor gerado por estes projetos. O fato de não interessarem a empresa não significa a ausência de valor da tecnologia ou do protótipo desenvolvido. Um desses mecanismos é a geração de spin-offs tecnológicos.

Em uma nova estrutura organizacional, os resultados de esforços de inovação que para a grande empresa podem não interessar, tornam-se ativos valiosos que colocam a récem criada empresa em vantagens competitivas sobre seus concorrentes. A decisão de explorar comercialmente uma tecnologia produzida internamente através de uma estrutura externa pode alavancar os resultados da empresa-mãe (como são conhecidas as empresas geradoras dos spin-offs), diminuir o risco do negócio principal, aumentar o acesso da empresa-mãe para futuras inovações e ainda estimular o empreendedorismo corporativo.

Jonas Mendes Constante, pesquisador da FGV/SP

O pesquisador aponta alguns benefícios para a empresa-mãe:

  • Alavancar os resultados da empresa-mãe no médio e longo prazo
  • Diminuição do risco do negócio principal
  • Aumento do acesso da empresa-mãe para futuras inovações
  • Estimulo ao empreendedorismo corporativo

Empresas que já tenham realizado spin-offs tecnológicos podem participar da pesquisa entrando em contato com os coordenadores através do site. Serão desenvolvidos casos de estudo para a pesquisa e para futuros cursos que serão ministrados pela FGV-SP.

Autor: Equipe TISC

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