Floripa TICs Fórum: inovação e imediatismo no desafio da criatividade

A última atividade desta terça-feira do Floripa TICs Fórum foi um painel que discutiu a inovação vs. imediatismo no contexto do desafio da criatividade. A atividade foi mediada pelas jornalistas Jackeline Carvalho (IPNews) e Ana Paula Lobo (Convergência Digital) e participaram como debatedores Aleksandar Mandic (Mandic), Guilherme Bernard (ACATE/Reason) e Cezar Taurion (IBM).

Painel Inovação vs. Imediatismo. Crédito: Rodrigo Lóssio

Os presentes discutiram os desafios de promover a inovação no contexto atual de negócios e nos ecossistemas inovadores presentes hoje no país. Compararam os mecanismos de incentivo à inovação presentes em países como Estados Unidos e Israel e como o Brasil poderia trilhar um caminho mais virtuoso. Empreender nos tempos atuais e como os governos podem contribuir ativamente como vetores e fomentadores do segmento.

Confira alguns dos depoimentos dos painelistas:

Há 20 anos empreender era uma palavra pouco conhecida. Fiquei sabendo o que é empreender depois que virei empreendedor. O Brasil pode ser competitivo ao usar a tecnologia disponível de forma criativa pensando no cliente. ? o exemplo do Mandic Magic (aplicativo criado pelo Mandic que reúne senhas de wifi), que foi criado a partir de diversas APIs, que usa recursos externos para oferecer uma solução de interação com o usuário. Sobre o país ainda não ter grandes empresas como Facebook, Twitter, entre outras, o que acontece é que o Brasil não tem o incentivo que os Estados Unidos, por exemplo, oferece. O Facebook, por exemplo, surgiu em Harvard, que tem oito ex-presidentes americanos e 40 prêmios Nobel.

Aleksandar Mandic, fundador da Mandic

O polo tecnológico catarinense tem como característica, com relação à inovação, ter empresas de referência e inovadora em alguns nichos específicos, com grande sucesso nos seus respectivos mercados – referências nacionais em suas áreas. Nós, na ACATE, temos tentando incentivar a inovação nas empresas por meio das verticais, grupos de diferentes empresas que atuam em segmentos específicos. Estamos querendo também ampliar a competitividade das empresas incentivando que os empreendedores passem, cada vez mais, a ter um pensamento global. Pesquisas que desenvolvemos, inclusive, apontam a língua inglesa como um dos principais competências desejas pelas empresas catarinenses.

Guilherme Bernard, presidente da ACATE e Reason

Para incentivar a inovação, um ecossistema adequado é muito importante. Israel, por exemplo, tem uma empresa para cada dois mil habitantes, mesmo não sendo mercado consumidor, buscou implementar uma cultura de inovação. Neste ecossistema, é fundamental o incentivo ou ações do governo, bem como universidades. A melhor atitude do governo é criar o ambiente e estabelecer as regras, deixando o mercado agir. O atual estágio de inovação no Brasil demonstra que o caminho no país não deve ser o de investimento em pesquisa básica, mas sim no entendimento destas pesquisas já existentes para que novas tecnologias possam ser criadas e aprimoradas.

Cézar Taurion, gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil

Autor: Rodrigo Lóssio

Jornalista formado pela UFSC, especialista em Propaganda e Marketing pela UNIVALI, com MBA em Gestão de Negócios, Mercados e Projetos Interativos pelo I-Group. ? sócio-diretor da Dialetto e editor executivo do blog TI Santa Catarina.

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