Plataforma de inovação aberta atrai catarinenses

inovacaoO modelo de inovação aberta (open innovation) começa a atrair pesquisadores e empresas catarinenses.

A ideia é que, em vez de criar suas próprias áreas de P&D, as companhias pesquisem e desenvolvam novos produtos externamente, por meio de parcerias com outras empresas ou instituições privadas e públicas. Tudo para acelerar o ciclo de inovação e  economizar tempo e dinheiro.

Uma iniciativa pioneira do Instituto Inovação neste segmento foi lançada no país em março. A Inventta, plataforma de serviços de inovação aberta para fazer a ponte entre desenvolvedores de tecnologia e mercado, já conta com presença de Santa Catarina.

Essa plataforma reúne ferramentas de TI (o sistema on-line), que gerencia ofertas e demandas, e ferramentas de gestão do conhecimento, para a efetivação de transferências tecnológicas (valoração de tecnologias, prospecção e mapeamento tecnológicos, gestão de ativos intelectuais).

Dentro da Inventta, empresas com demandas tecnológicas  passam um briefing tecnológico, que especifica o que a companhia quer e os instrumentos de que ela dispõe para internalizar as soluções – licenciamento de patentes,  contratação de pesquisadores ou parceria tecnológica.

Com base nestas informações, a demanda é publicada on-line, inclusive com a opção de confidencialidade. A Inventta possui uma base de dados com 2 mil pesquisadores brasileiros e colombianos. Se não for suficiente, a equipe da plataforma mapeia pesquisadores capazes e desenvolver as soluções ou busca parcerias internacionais pela plataforma NineSigma.

Um mapeamento feito para uma grande indústria multinacional levou a uma tecnologia em desenvolvimento na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O negócio, mantido ainda em sigilo, pode resultar em breve em transferência tecnológica.

Para quem oferece tecnologia, o caminho é parecido. Antes de serem inseridas no banco de dados, as empresas informam quais são os seus diferencias em relação a soluções similares e o seu mercado alvo. Pelo menos duas empresas inovadoras catarinenes negociam a utilização da plataforma  neste momento.

Para start-ups inovadoras, uma parceria de inovação aberta pode representar a viabilidade econômica e a chance de contar com estrutura comercial profissional, por exemplo.

Todo o processo de transferência tecnólogica dura, em média, de três a seis meses. Mas em casos mais complexos pode chegar a um ano. Os usuários da plataforma Inventta normalmente pagam um valor inicial mais taxa de sucesso, mas é possível negociar um valor fechado.

Felipe Matos. Crédito: divulgação

A inovação aberta pode garantir o acesso a determinadas pesquisas e tecnologias que as empresas não teriam de outra maneira.

A Inventta é uma uma plataforma acessível da mesma forma para pequenas e grandes empresas

Felipe Matos, diretor de operações da Inventta

Sobre o Instituto Inovação

Fundado em 2002, promove a aproximação do mercado (empresas) com o conhecimento científico (centros de pesquisa) para gerar inovação tecnológica. Possui escritórios em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e  uma equipe multidisciplinar com 70 colaboradores.

Atua em open innovation (Inventta), capital empreendedor (Criatec ? Fundo de Investimento de Capital Semente), incentivos fiscais e captação de recursos (Incentivar Consultoria), gestão da inovação tecnológica e cultura e educação para inovação.

Autor: Equipe TISC

Os redatores do blog TI Santa Catarina são jornalistas com larga experiência no segmento de tecnologia e inovação. Para sugestões, críticas e comentários, entre em contato conosco.

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