Novos polos tecnológicos em Santa Catarina

Santa Catarina é um Estado com uma grande diversidade econômica. Temos indústrias tradicionais consolidadas, como a do agronegócio, metal-mecânica, têxtil, madereira, carbonífera, entre outras. Nos últimos anos, algumas regiões tem se despertado para novas vocações econômicas. Tecnologia é uma delas.

Quando pensamos em polos tecnológicos catarinenses, logo vem à cabeça a tríade: Florianópolis, Blumenau e Joinville. Porém cidades como Criciúma, Chapecó, Jaraguá do Sul e Rio do Sul já apresentam considerado números de empresas de software e hardware. Lages tem uma das iniciativas mais recentes.

Reunião da ACATE em Lages.

Reunião da ACATE em Lages.

A cidade polo do Planalto Serrano aposta na indústria da tecnologia da informação e comunicação. Diretores da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) estiveram na Associação Empresarial de Lages (ACIL) no dia 22 de abril para alinhar ações para o segmento, com representantes de empresas e entidades do setor produtivo e centros de ensino.

Na pauta, projetos como a criação de um parque tecnológico, formação de mão-de-obra qualificada para o setor, apoio às empresas para internacionalização e um convênio da incubadora MIDI Lages com a ACATE. Esta parceria entre as duas entidades irá permitir que as empresas incubadas e da região tenham acesso aos benefícios, programas e convênios da Associação, que atua em todas as regiões do Estado e possui atualmente mais de 230 associadas.

Rui Gonçalves. Crédito: Divulgação/ACATEA ACATE tem entre suas metas colocar Santa Catarina no mapa tecnológico do país, com o objetivo de trazer investimentos e divulgar nosso segmento para o Brasil e mundo. Identificamos que Lages inicia um processo para se estabalecer no mapa tecnológico de Santa Catarina – e a ACATE quer ser esta propulsora. A existência de centros de ensino de excelência na região, como SENAI, SENAC e a Uniplac é apontado por Gonçalves como um dos caminhos que irão ajudar Lages a se posicionar como polo de tecnologia.

Rui Gonçalves, presidente da ACATE

As lideranças empresariais e do segmento acadêmico defendem o setor de tecnologia como alternativa econômica para Lages.

A madeira tem sustentado a economia da nossa região por décadas e a tecnologia surge como uma nova esperança de emprego e renda. Quando falávamos no assunto em 1997, nos chamavam de sonhadores – e hoje sentimos que o setor já é realidade. Um dos indicadores positivos que temos é o fato de as empresas da incubadora MIDI Lages já terem encaminhado cinco pedidos de patentes de tecnologias inovadoras.

Carlos Eduardo de Liz, gerente da incubadora MIDI Lages

Na semana passada, no dia 27 de abril, uma comitiva liderada pelo presidente da ACATE esteve em outro município que já tem na tecnologia uma aposta: Jaraguá do Sul, cidade de grandes empresas como a WEG. Na incubadora JaraguaTEC, a ACATE apresentou o programa Juro Zero, da FINEP, executado em Santa Catarina pela Associação, com o apoio da SC Parcerias.

Autor: Rodrigo Lóssio

Jornalista formado pela UFSC, especialista em Propaganda e Marketing pela UNIVALI, com MBA em Gestão de Negócios, Mercados e Projetos Interativos pelo I-Group. ? sócio-diretor da Dialetto e editor executivo do blog TI Santa Catarina.

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