Welle desenvolve inovações para o laser

Exemplo de marcação com laserDesde que foi pensado por Einstein em 1916 e lançado por cientistas soviéticos nos anos 50, o laser sempre foi uma tecnologia que fascinou gerações por estar intimamente ligado a algo novo, moderno e tecnológico. Além do fascínio, o laser trouxe uma série de inovações hoje utilizadas em diversas aplicações, como médicas, industriais, atividades de pesquisa, comerciais (leitores de código de barras) e mesmo no nosso dia a dia, no CD e DVD, por exemplo.

No segmento tecnológico, o laser é continuamente pensado como ferramenta para serem utilizadas nestes segmentos. Em Santa Catarina, algumas empresas tem feito este uso e desenvolvido tecnologias para diversos segmentos. ? o caso da Automatisa, Range, Futurize e da recém-criada Welle Laser, de Florianópolis. Fundada em 2008 e incubada no CELTA há três meses, a empresa dos irmãos Rafael e Gabriel Bottós acaba de lançar uma tecnologia inovadora para pintura de inox a laser.

A tecnologia permite, por meio de ajustes nos parâmetros do laser, uma pintura localizada sem utilizar produtos químicos e em apenas alguns segundos, o que garante um diferencial inovador para as indústrias do setor. Isso é possível pela aplicação de calor na superfície do metal, que gera uma camada de oxidação. A energia aplicada é controlada, sendo possível determinar a cor da peça de metal, ainda com pequenas variações, por conta da limitação técnica (confira exemplo de marcação na foto de abertura).

Os irmãos Bottós, sócios da Welle

Os irmãos Bottós, sócios da Welle

As vantagens da pintura por meio do laser são diversas: não é preciso utilizar aditivos químicos ou qualquer outro tipo de consumível e a cor aplicada fica permamente – mesmo em altas temperaturas ou mesmo desgaste físicos o material não se danifica.

Por enquanto, a Welle tem se especializado na oferta de serviços e produtos, atuando em setores como metalmecânico, petrolífero e aeronáutico, com ênfase nos processos de gravação, marcação e soldagem utilizando o laser. A empresa não fabrica seus próprios equipamentos, mas sim determina as melhores máquinas disponíveis no mercado e que atendam a necessidade de aplicação do cliente, além de realizar estudos para obtenção de melhor qualidade de imagem.

A empresa possui importantes parceiros de desenvolvimento como o Fraunhofer Institut, na Alemanha, e recentemente foi destaque no programa Sinapse de Inovação, finalista do PRIME e selecionada no prêmio de Subvenção Econômica da FINEP.

Os principais projetos que estão sendo desenvolvidos pela empresa no momento são as marcações em polímeros e metais, como inox e metais cromados. Há uma grande ênfase na rastreabilidade, onde códigos de barras matriciais e outras codificações minúsculas são possíveis de serem realizadas em pequenas superfícies de forma permanente e rápida, armazendo uma quantidade infinita de dados como número de lote, data de fabricação, destinatário, operador e inúmeras outras informações.

Rafael Bottós, diretor da Welle Laser

E as novidades da empresa não param por aí. Para o ano de 2010, a Welle possui algumas inovações que estão sendo desenvolvidas, mas ainda permanecem em sigilo. A empresa está participando do edital da rede CTPetro, da FINEP, em que por meio de recursos de R$ 1,5 milhão prevê avanços da tecnologia laser para soldagem e tratamentos térmicos em metais. O objetivo é atender a forte demanda originada pelo descobrimento da camada pré-sal. Inclusive os sócios da empresa desenvolveram pesquisas nesta área enquanto estavam no Instituto Fraunhofer.

Autor: Rodrigo Lóssio

Jornalista formado pela UFSC, especialista em Propaganda e Marketing pela UNIVALI, com MBA em Gestão de Negócios, Mercados e Projetos Interativos pelo I-Group. ? sócio-diretor da Dialetto e editor executivo do blog TI Santa Catarina.

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