Softplan divide operações e lança Starian, visando R$ 1 bilhão no setor privado


Gigante da tecnologia Softplan anuncia a criação da Starian, uma nova marca focada exclusivamente no setor privado, com a ambiciosa meta de atingir R$ 1 bilhão em receitas, enquanto a Softplan continuará atendendo o setor público, onde já possui uma forte presença, especialmente no judiciário.

A Softplan, empresa brasileira de tecnologia com 34 anos de história, anunciou uma reestruturação radical em suas operações, dividindo-se em duas empresas distintas. A medida estratégica visa otimizar o atendimento e impulsionar o crescimento tanto no setor público quanto no privado. A Softplan continuará focada em atender o setor público, enquanto a recém-criada Starian concentrará seus esforços no setor privado, com a meta de atingir R$ 1 bilhão em receitas.

Softplan Mantém Legado no Setor Público

A Softplan, reconhecida por sua atuação no desenvolvimento de sistemas para o judiciário e infraestrutura pública, manterá seu nome e foco no setor público. A empresa desempenha um papel crucial na gestão de processos judiciais em diversos tribunais do país, incluindo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), com seu sistema SAJ. Essa divisão estratégica permitirá que a Softplan continue a aprimorar suas soluções para atender às necessidades específicas do setor público.

Márcio Santana, CEO da Softplan, destaca que a separação permitirá maior agilidade e foco no setor público, que possui desafios e particularidades próprias. “Com a separação, conseguimos ser mais ágeis em nossa atuação. O setor público, com suas particularidades e desafios, merece um foco total, e isso vai nos permitir continuar crescendo de maneira sólida e segura”, afirma Santana.

Nasce a Starian com Foco Exclusivo no Setor Privado

A grande novidade é o lançamento da Starian, uma marca totalmente dedicada ao setor privado. A Starian surge com o objetivo de criar soluções especializadas para diversos setores, como construção civil, direito e eficiência operacional, com o cliente no centro de tudo.

Ionan Fernandes, CEO da Starian, expressa grande otimismo em relação ao potencial de crescimento da nova empresa. “A Starian nasce com um grande potencial de crescimento”, declara Fernandes. “Nosso foco é criar soluções especializadas para diferentes áreas, sempre com o cliente no centro de tudo. Queremos, mais do que nunca, ajudar os negócios a se modernizar.”

A escolha do nome “Starian” reflete a visão da empresa de guiar e transformar os negócios de seus clientes. “STAR” simboliza a estrela, que ilumina os caminhos, enquanto “IA” destaca o foco da empresa em Inteligência Artificial.

Arquitetura da Marca Starian: Três Pilares de Atuação

A Starian chega ao mercado com uma arquitetura de marca bem definida, estruturada em três áreas principais:

  • Indústria da Construção: Soluções para a construção civil, como o Sienge (sistema de gestão empresarial para o setor), Construmanager e Construmarket.
  • Eficiência Operacional: Plataformas para otimizar processos e aumentar a eficiência, representadas por ChecklistFácil e Runrun.it.
  • Inteligência Legal: Soluções para o setor jurídico, como Projuris, Deep Legal e Codi/LO, que utilizam inteligência artificial e big data para otimizar a gestão jurídica.

A Inteligência Artificial como Diferencial Competitivo

A Inteligência Artificial (IA) é um pilar fundamental na estratégia da Starian. A empresa está incorporando a IA em todos os seus produtos e processos, buscando otimizar operações e melhorar a experiência do cliente.

Um exemplo concreto da aplicação da IA é a geração de orçamentos paramétricos no setor da construção civil. O processo, que antes demandava semanas, agora pode ser realizado em minutos, com uma precisão impressionante, apresentando um desvio de apenas 0,9%. “A IA nos permite não apenas otimizar processos internos, mas também entregar soluções mais rápidas e precisas para nossos clientes”, ressalta Fernandes.

Histórico de Crescimento e Expansão da Softplan

Fundada há 34 anos em Santa Catarina por três amigos, a Softplan iniciou suas atividades com o objetivo de desenvolver soluções para a construção civil. O primeiro grande sucesso da empresa foi o Sienge, que se tornou uma das plataformas mais utilizadas no setor.

Ao longo dos anos, a Softplan expandiu sua atuação para outros setores, como o judiciário e a administração pública. A empresa registrou um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado pela adoção de um modelo de negócios mais escalável no setor privado e pela aquisição de empresas de tecnologia complementares, como Oystr (automação jurídica) e Deep Legal (big data).

Em 2020, a Softplan faturou cerca de R$ 300 milhões, com 60% da receita proveniente do setor público e o restante do setor privado. A transição para um modelo SaaS (Software as a Service) puro, focado no setor privado, impulsionou ainda mais o crescimento da empresa, que atingiu um faturamento de R$ 800 milhões em 2024.

Metas Ambiciosas para o Futuro

A meta da Softplan e da Starian para 2025 é superar a marca de R$ 1 bilhão de receita líquida combinada. A ambição para o final da década é que ambos os negócios atinjam R$ 1 bilhão em faturamento separadamente, demonstrando a confiança dos executivos no potencial de crescimento das empresas.

Com mais de 1.500 funcionários, a Starian projeta atender 20 mil clientes até o final de 2025. A empresa pretende consolidar sua posição como líder em soluções tecnológicas para o setor privado, impulsionando a modernização e a eficiência dos negócios de seus clientes.

A decisão de separar as operações da Softplan foi cuidadosamente planejada e discutida ao longo de meses, de acordo com Ionan Fernandes. “As operações do setor público e privado sempre funcionaram de forma independente, mas agora, com a criação da Starian, vamos poder crescer ainda mais e de forma mais eficiente, com um foco mais direto em cada mercado”, explica Fernandes.

A Softplan, com a criação da Starian, busca consolidar sua liderança no mercado de tecnologia, com cada empresa focada em atender as necessidades especificas de seus respectivos setores, impulsionadas pela inovação e pela inteligência artificial. `

Autor: Equipe TISC

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