Fapesc espera investir R$ 50 milhões em 2009
A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina (Fapesc) planeja fechar o ano de 2009 com investimentos de R$ 50 milhões em projetos na área de ciência, tecnologia e inovação. Em reunião do conselho superior da Fundação, realizada na última sexta-feira, dia 3, as universidades, centros de pesquisa e órgãos de governo foram estimulados a agilizar o encaminhamento e a execução dos projetos.
O objetivo é trabalhar para que o setor se aproxime da meta de aplicar 2% da arrecadação estadual em CT&I ? índice aprovado no ano passado pela Assembléia Legislativa, contemplando a Fapesc e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado (Epagri).
Os extraordinários avanços institucionais alcançados no primeiro semestre deste ano foram importantes para atingir esets objetivos. Entre eles aparecem a regulamentação da Lei Catarinense da Inovação (decreto 2.060) e a adoção de medidas que deram maior agilidade operacional ao desenvolvimento de projetos de pesquisa, cujos reflexos serão sentidos nos próximos anos. A liberação de recursos diretamente aos pesquisadores, com o aval das instituições às quais pertencem, também confere mais agilidade à produção científica.
Antônio Diomário de Queiroz, presidente da Fapesc
Entre os projetos de destaque em andamento estão o Sinapse da Inovação, o apoio a iniciativas do Instituto Heliópolis e o programa InovaSC. O primeiro deles apoia não apenas a inovação, mas o empreendedorismo. Atualmente, segundo a FAPESC, existe uma grande demanda pela expansão de incubadoras e muitos jovens empresários com boas idéias tentando se aproximar da academia.
Estão ainda em execução programas de grande impacto que podem mudar a relação da sociedade e da indústria com o meio ambiente, como o da Rede Aqüífero Guarani/Serra Geral e o do Grupo de Prevenção de Catástrofes, que tem a coordenação do professor Diomário Queiroz.
Entre outros, o governo do Estado, por meio da Fapesc, vem aplicando recursos em projetos voltados para a expansão e a melhoria da maricultura catarinense, o desenvolvimento da vitivinicultura, o tratamento de dejetos agroindustriais, a valorização do carvão mineral, a expansão da ovinocultura de leite, o plantio de oliveiras, a produção de biodiesel e o tratamento do lodo de esgoto.
A Fapesc é uma das principais apoiadoras de diversas incubadoras de empresas de base tecnológicas em Santa Catarina. Há recursos destinados para o reforço de 39 incubadoras empresariais e os parques tecnológicos distribuídos pelo Estado.
Orçamento
Por lei, o Estado teria condições de aplicar R$ 85 milhões anuais na área de ciência, tecnologia e inovação, porém somente R$ 50 milhões ser aportados. Em 2008, considerado o melhor período da história do setor, a fundação injetou R$ 45 milhões na área de CT&I em todas as regiões catarinenses. Hoje, a Fapesc tem R$ 20 milhões em caixa para aplicar em ciência e tecnologia, mas muitas liberações dependem de contrapartidas emperradas, muitas vezes, pela burocracia dos órgãos públicos estaduais e federais.
Com informações da AGECOM/UFSC e FAPESC