Ano do 5G: tecnologia irá representar investimentos e avanços para diversas áreas
Especialistas apontam como a alta conectividade irá trazer melhorias para saúde, serviços financeiros e outros segmentos Depois de um leilão de radiofrequências que movimentou R$ 47,2 bilhões em 2021, chegou o ano em que o 5G finalmente ganhará fôlego no Brasil. Com a implementação em todas as capitais até julho, o país já deve sentir os impactos da quinta geração de internet. Um levantamento da Ericsson estima R$ 153 bilhões em receitas decorrentes de digitalização influenciada diretamente pelo 5G. Já a consultoria IDC calculou o montante gerado por tecnologias impulsionadas pela alta conectividade, como internet das coisas (IoT), big data, robótica, inteligência artificial e realidade aumentada, que devem somar US$ 25,5 bilhões até 2025. Assim como as gerações anteriores de comunicação móvel trouxeram grandes evoluções e influenciaram positivamente o mercado, o 5G terá o mesmo efeito. Isso é o que defende Lairto Santos, diretor comercial da Mhnet Telecom e mestre em administração de empresas com mais de 25 anos de experiência no segmento de telecomunicações. “Diversos segmentos serão impactados pela nova tecnologia, principalmente aqueles relacionados à automação residencial, comercial e industrial. Isto é, que demandam aplicações com tempo de resposta muito rápida e de alta disponibilidade de rede”. Exemplos são os carros conectados, máquinas e processos fabris automatizados, assim como soluções de smart cities. “De forma geral, a expectativa é que a alta conectividade promova avanços em tecnologia e inovação. E, com isso, resulte em melhorias de atividades e mais qualidade de vida aos cidadãos”, complementa Santos. Ou seja, o avanço na conexão irá representar investimentos superlativos e muitas novidades nas mais diferentes áreas. Na agricultura, por exemplo, deve causar uma grande transformação ao possibilitar uma transmissão de dados maior, mais ágil e com mais alcance. “Com seu potencial e custo operacional mais baixo do que o 4G, o 5G deve impulsionar a conectividade no campo, possibilitando a implementação de torres de transmissão em áreas mais afastadas. Isso deve refletir em um aumento da adoção de tecnologias que envolvem Inteligência Artificial, Big Data, Business Intelligence e Internet das Coisas, capazes de ampliar fortemente a eficiência do campo”, explica Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon — empresa que desenvolve e fornece soluções digitais para o setor. Segundo o Ministério das Comunicações, o agronegócio deverá ser o segmento mais beneficiado pela tecnologia no país, considerando que, hoje, cerca de 23% da área rural ainda não tem acesso à internet no Brasil. Setor elétrico, da saúde e financeiro também passarão por melhorias No setor elétrico, a chegada do 5G vai possibilitar uma gestão de energia muito mais detalhista e orientada pela análise de dados. “Por exemplo, o suporte a dispositivos com baixo consumo de energia, alimentados por bateria ou por tecnologias de ‘energy harvesting’ (que converte pequenas quantidades de energia do ambiente, antes desperdiçadas, em eletricidade), permitirá o uso da rede 5G para a instalação de sensores de forma muito mais simples nos consumidores,” explica Danilo Barbosa, VP Executivo e sócio-fundador da Way2, especializada em medição e gerenciamento de dados de energia para empresas, usinas e distribuidoras. Na outra ponta, o suporte a volumes maiores de dados por planos acessíveis pode viabilizar aplicações como a Desagregação de Cargas, que discrimina os dados de energia do consumidor. A área da saúde também será uma das mais impactadas, como aponta...
Leia MaisComo as empresas podem reduzir em mais de 80% o tempo de contratações com uso de inteligência artificial
Diante dos desafios de contratação de profissionais de tecnologia por conta da alta demanda, competitividade do setor e, principalmente, pela escassez de mão de obra qualificada, as empresas estão mudando suas estratégias de recrutamento e seleção e usando inteligência artificial para auxiliar e acelerar todo o processo. Já há no mercado tecnologias que permitem aos departamentos de RH reduzirem em mais de 80% o tempo de contratação do profissional ideal para determinada vaga. É o caso dos softwares de recrutamento, uma ferramenta que auxilia no gerenciamento das vagas e dos candidatos. Estimativa da GeekHunter, startup especializada na contratação de pessoas desenvolvedoras e cientistas de dados, aponta que as empresas levam entre 30 e 45 dias para finalizar o processo de seleção de forma tradicional. Com plataformas automatizadas, esse tempo pode ser abreviado para uma média de 14 dias e, em alguns casos, até menos. Fabio Bucior, cofundador e diretor de engenharia da Pulses, empresa que tem soluções de clima organizacional, engajamento e performance, explica que um dos principais benefícios de usar uma plataforma de recrutamento é ter acesso e encontrar perfis com experiência e competências técnicas específicas que se encaixam nas vagas abertas. “Isso evita entrevistas com profissionais que não têm o conhecimento necessário para a vaga, pois é possível filtrar pelo tempo de experiência do candidato nas tecnologias que buscamos. Além disso, conseguimos reduzir bastante o tempo analisando currículos ou esperando o surgimento de candidatos. O suporte dado pela plataforma também nos auxilia na elaboração da descrição da vaga e acompanhamento ao longo do processo de contratação”, informa. Na Pulses, segundo Bucior, a contratação de um desenvolvedor costumava levar de dois a três meses para ser efetivada sem o uso de software. Com a ferramenta, esse tempo foi reduzido para duas semanas, entre a entrevista e o aceite da proposta, o que representa uma redução que pode chegar a 83%. Ganho de eficiência para o RH Cada vez mais as companhias utilizam plataformas de recrutamento para encontrar pessoas desenvolvedoras de forma rápida e com maior precisão. De acordo com a pesquisa da Fortune Business Insights, o mercado global de softwares de recrutamento foi avaliado em 1,7 milhão de dólares em 2017 e deve atingir 3 milhões de dólares até o final de 2025. Tomás Ferrari, CEO e fundador da GeekHunter, explica que o software de recrutamento permite que algumas atividades antes realizadas manualmente possam ser feitas de forma automatizada. “A automação torna três vezes mais rápido o trabalho de atração e seleção. Na nossa base de clientes, as empresas realizam, em média, cinco entrevistas por vaga e levam 14 dias para finalizar a contratação desde a primeira abordagem. Isso significa um ganho em eficiência para o RH que, além de reduzir custos e tempo, consegue ser mais preciso, evitando a sobrecarga de currículos que não fazem sentido para a vaga”, analisa. Com o uso de inteligência artificial, o processo de triagem de currículos acaba sendo feito pela própria plataforma considerando as competências técnicas dos candidatos cadastrados e as exigências da vaga. No caso da GeekHunter, cada profissional que se cadastra passa por uma análise do currículo e testes de avaliação das competências técnicas e, só depois de ser aprovado, fica visível para as empresas. “O objetivo é garantir às companhias o acesso aos perfis com alta probabilidade de...
Leia MaisEconomia compartilhada para produtos e serviços é uma das tendências de 2022
Especialista explica que fenômeno está se popularizando no Brasil em diversos segmentos do mercado Compras, roupas, decoração, casas, escritórios, carros. Esses são alguns exemplos que se tornaram cada vez mais recorrentes na lista de produtos e serviços compartilhados. A consultoria PwC estimou que a economia colaborativa responderá por cerca de 30% do PIB de serviços do Brasil até 2025. Mas por que cada vez mais as pessoas optam por aluguéis e compras coletivas? O especialista em economia compartilhada, Eduardo Gastaldo, explica que esse é um fenômeno que já era visto em países da América do Norte e da Europa e que, com a pandemia, se popularizou no Brasil também. A economia compartilhada está presente em diversos setores. O segmento imobiliário é um dos principais exemplos. A escassez de oferta de terrenos e espaços residenciais nos melhores bairros das grandes cidades brasileiras fez disparar o valor do metro quadrado. Dentro do conceito da economia colaborativa, o coliving se destaca pelos ganhos de eficiência no uso das propriedades, além de reduzir drasticamente a ociosidade dos imóveis e aumentar as oportunidades de comercialização. “Em 2013 eu viajei para Califórnia, nos Estados Unidos, e lá a compra de um imóvel, por exemplo, exige um valor tão alto de investimento, que a maioria das pessoas opta pelo aluguel. O sonho da casa própria não faz sentido em uma realidade em que você precisa pagar aquilo por trinta anos”, explica Gastaldo, que é engenheiro de formação, mas passou a estudar economia compartilhada depois da viagem. Usando a lógica da economia compartilhada, Gastaldo criou a Bewiki, proptech constrói e gerencia empreendimentos que reúnem studios prontos para morar, escritórios compartilhados e outros serviços essenciais. A startup funciona como uma Netflix dos espaços e serviços essenciais. Você abre um aplicativo e, em vez de filmes e séries, encontra diversas opções de espaços e serviços para as atividades do dia a dia. Em vez de escolher o que assistir, você escolhe onde vai morar, um espaço para o seu escritório, um profissional de saúde para se consultar, o carro que vai dirigir nos próximos meses e por aí vai. Todos os espaços e serviços oferecidos pela Bewiki estão disponíveis por aplicativo de celular. “O compartilhamento, nesses casos, é uma forma de oferecer excelência e qualidade por valores mais acessíveis”, completa Gastaldo. As redes associativas — que reúnem empreendedores com objetivo de ganhar competitividade e ter mais chance de crescimento, além de acesso a novos mercados por meio da compra conjunta — são outros exemplos de entidades que estão facilitando a otimização de resultados para diversas empresas. É o que está ocorrendo na Área Central, empresa especializada na gestão de centrais de negócios, que tem observado o comportamento e a performance desse modelo de negócio. O cooperativismo é, certamente, um atrativo para empresas que almejam unir forças em prol do mesmo objetivo. “No mercado atual, com mais e mais empresas disputando o mesmo nicho, os empresários precisam encontrar novas formas de pensar e fazer negócios para sobreviver. Uma dessas maneiras é a atuação em conjunto com outros players, de maneira associada. O objetivo dessas parcerias é obter vantagens estratégicas e agregar valor aos produtos e serviços comercializados, beneficiando os clientes”, contextualiza Jeferson Rosa, Mentor na Área Central. Qualquer segmento que tenha uma rotina ativa de compra, havendo uma demanda por...
Leia MaisEspecialistas destacam as principais tendências em tecnologia para 2022
C-levels de companhias do setor apontam quais soluções e inovações devem ganhar destaque em áreas como Saúde, Varejo, Indústria, Logística, entre outras Chegada do 5G a todas as capitais brasileiras, transformação digital acelerada nas organizações, consolidação de ferramentas tecnológicas para trabalho híbrido, ampliação do uso de Inteligência Artificial e Machine Learning. O ano de 2022 promete ser mais um ano de muitos avanços e inovações. Prova disso aparece no estudo da International Data Corporation (IDC), que aponta que a expectativa é que mais da metade da economia global seja baseada ou influenciada pelo digital em 2022. Também mostra que 70% de todas as empresas terão acelerado o uso de tecnologias digitais neste ano. Mas, afinal, quais tecnologias devem ser protagonistas em 2022? Ouvimos a opinião de especialistas na área de tecnologia em diferentes segmentos para apontar quais as soluções e inovações irão se destacar. Confira a seguir as principais tendências: Saúde: 5G A pandemia acelerou o uso de Inteligência Artificial, Internet das Coisas e teleatendimento na área da saúde. Para 2022, a expectativa é que essas soluções sejam consolidadas, principalmente com a implementação do 5G. Para Gean Pereira, head de Inovação da healthtech Zitrus, a nova tecnologia irá acelerar soluções já existentes, agilizando diagnósticos e tornando os tratamentos mais assertivos, além de permitir a disseminação de dispositivos para monitorar a saúde dos pacientes e acionar, imediatamente, serviços de saúde. “O 5G irá garantir ainda mais qualidade e acesso às teleconsultas. Esse avanço na conexão vai melhorar toda a experiência de atendimento na saúde, que irá oferecer um acompanhamento mais personalizado, integrado e os pacientes irão assumir o protagonismo neste processo”, complementa. Varejo: Softwares de gestão e Frente de caixa móvel O checkout móvel é uma tendência focada na otimização da experiência do consumidor. A ideia geral envolve a substituição de um caixa físico por um dispositivo móvel com software que integra ponto de venda, meios de pagamento e emissão da nota fiscal, o que elimina filas. “Sem a obrigação de se limitar por trás dos caixas, todos os funcionários podem se concentrar nas necessidades de cada cliente, fazendo um acompanhamento do ciclo completo de atendimento — da chegada na loja até a efetivação da compra”, explica João Gustavo Pompeo, CEO da Eyemobile, empresa de tecnologias para vendas físicas e digitais. Com o PDV móvel, a equipe também passa a contar com informações na ponta dos dedos, podendo esclarecer dúvidas e fazer recomendações e ofertas com base em dados e históricos cadastrados. Com o objetivo de dinamizar o acesso à documentos e integrar serviços, softwares de gestão que facilitam muito a vida do empreendedor também estarão entre os destaques do próximo ano na área de varejo. “Este é o caso de ferramentas como o Clipp360, por exemplo, que além de acelerar os processos administrativos, facilita o gerenciamento de empresas — que pode ser feito de qualquer lugar e a qualquer momento. A ideia é dar toda a mobilidade que o varejo de hoje necessita, trazendo nele recursos simples e de fácil utilização”, explica Marcio Bellini, diretor de Desenvolvimento da Compufour Zucchetti. Franquias: Centralização de comunicação A gestão de uma franqueadora com seus franqueados e colaboradores é influenciada conforme a metodologia de gestão e comunicação utilizada, principalmente quando se trata de uma grande rede com capilaridade e atuação em diferentes regiões....
Leia MaisESSS fortalece parceria com startups e instituições de ensino do setor aeroespacial
Ecossistema do Parque Tecnológico de São José dos Campos conta com acesso facilitado aos softwares Ansys, além de suporte, capacitação e treinamentos Polo de empreendedorismo e inovação, o Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec), em São Paulo, se uniu à ESSS, multinacional brasileira de tecnologia e simulação computacional, em uma parceria que visa promover a tecnologia. Entre os destaques estão o acesso facilitado às soluções Ansys, workshops, treinamentos com especialistas globais, programas específicos para startups e networking. A partir da novidade, empresas e startups participantes de programas do ecossistema do PqTec têm benefícios exclusivos para entrar no universo da simulação computacional, incluindo acesso às soluções de Engenharia Assistida por Computador (da sigla em inglês CAE – Computer-Aided Engineering) mais utilizadas no mundo. O segmento aeroespacial é um dos impactados com a iniciativa. A indústria aeroespacial brasileira é hoje a maior do Hemisfério Sul, operando de forma globalizada e competindo no mercado mundial, posicionando-se como líder em vários segmentos de mercado, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). Focada em melhoria de processos e produtos, a simulação pode ser utilizada neste segmento desde as etapas iniciais de criação até as fases finais de revisão de projetos, economizando tempo e recursos financeiros. Alguns exemplos de utilização incluem elaboração de projetos, análise e avaliação de produtos, teste de possíveis melhorias, investigação de falhas, adaptação e otimização de produtos e equipamentos, entre outros. “A parceria está estimulando a inovação tecnológica do Laboratório de Simulação e Sistemas Críticos com o uso de software de simulação computacional, promovendo capacitação e suporte de profissionais no uso dessas ferramentas”, afirma Rubiane Oliveira, coordenadora dos laboratórios do PqTec. A ESSS é referência no setor de engenharia e tecnologia na América Latina e Ibéria, além de ter no seu braço educacional a maior escola de simulação computacional do mundo — o Instituto ESSS — com conteúdos em português e espanhol. A empresa visa democratizar o acesso às novas tecnologias, disponibilizando soluções e ferramentas para organizações de todos os portes, reduzindo custos e recursos ambientais, além de melhorar a qualidade e segurança dos produtos, impulsionando cada vez mais empresas para que se tornem competitivas no mercado global. Já o PqTec é um ambiente que promove ciência e empreendedorismo, sendo o ponto de conexão entre empresas de todos os portes, universidades e institutos de pesquisa, políticas públicas e...
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